O Zouk Brasileiro surgiu de uma dança Brasileira chamada Lambada, e também teve influências de outras danças brasileiras.
Nos anos 80, a Lambada era moda no Brasil e se popularizou rapidamente no mundo com ajuda de filmes, influência dos djs, divulgação da música e dança inicialmente pela banda Kaoma, Beto Barbosa entre outros, e estilos diferentes de músicas, tais como Samba-Reggae, Zouk Caribenho, música Flamenca, principalmente Gipsy Kings, entre outros.
A Lambada foi uma dança que dominou a maioria das casas noturnas do Brasil, especialmente em Porto Seguro, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Sendo as principais casas noturnas da época entre 80 e 90:
Porto Seguro – Reggae Night e Boca da barra;
Rio de Janeiro – Roxy Roller e Ilha dos Pescadores;
São Paulo – Lambar, Mel e Reggae Night;
Belo Horizonte – Casa Blanca e Cabaré Mineiro.
Nos anos 90 a popularidade da Lambada começou a diminuir e com isso os amantes remanescentes passaram a usar prioritariamente a música Zouk Caribenha para continuar a dançar a Lambada.
É quando surge um novo momento na cena da Lambada onde naturalmente as pessoas passam a chamar a dança de lambada francesa, pela música ser cantanda em creolê francês, até chegar ao nome Zouk.
Foi um momento onde vários pontos influenciaram na diminuição da popularidade da dança Lambada. Pontos que iremos citar em outros textos.
É interessante mencionar que nessa época tivemos algumas referências que mantiveram o movimento vivo e o fazem até hoje, por exemplo alguns membros do conselho como: Jaime Arôxa, Renata Peçanha, Philip Miha, Rodrigo Delano e Gilson Damasco, personagens importantes que sustentaram o movimento durante anos em suas cidades, entre outros que também fizeram e fazem a diferença.
Logo a dança Lambada começou a se adaptar à música Zouk. E em consequência do gênero Zouk ter características diferentes da Lambada, a dança foi se modificando naturalmente, adquirindo características diferentes em vários estados do Brasil e alguns lugares do Mundo criando inclusive interpretações e diferentes estilos de Zouk.
Houve um momento que diversos nomes foram criados, dificultando o entendimento da comunidade, diversas reuniões e debates ocorreram. Percebendo que a utilização do termo Zouk era inadequado por já existir uma dança e música utilizada no Caribe, surge a necessidade de discutir o assunto, e em 2006, onde foi proposta uma mesa redonda, no Congresso Minas Zouk (atual BH Zouk) em Belo Horizonte, para buscar uma solução para essa situação específica do nome dessa dança, com o intuito de unir a comunidade de vários estilos já existentes. Foi quando surgiu o termo Zouk Brasileiro por meio de votação.
Até 2012 houveram muitas palestra e ações em Congressos em diversas partes do Mundo, que concretizaram e popularizaram o nome Zouk Brasileiro.
Em 2014 foi criado o Conselho de Dança Zouk Brasileiro pelos fundadores Larissa Thayane e Kadu Pires com o objetivo principal de preservar, promover, apoiar e desenvolver a comunidade do Zouk Brasileiro. Com o apoio de alguns importantes nomes da cena que foram convidados a participar e oficializar o Conselho, tais como Alex de Carvalho, Renata Peçanha, Gilson Damasco, Philip Miha, Rodrigo Delano, Rafael Oliveira, Freddy Marinho e Jaime Arôxa.
Em 2020 por votação dos integrantes do Conselho foram convidadas mais quatro integrantes Rachel Ramalho, Bruna Kazakevic, Andressa Castelhano e Ruana Vasquez.
Um dos principais projetos desenvolvidos foi a organização das competições de Jack & Jill oficial de Zouk Brasileiro.
Atualmente desenvolve pesquisas e novas ações para a expansão da comunidade, tais como o senso internacional que está em andamento, e os Sílabos do Zouk Brasileiro.
Fonte: Membros do Conselho e Luis Florião.
Obs: Tivemos grandes nomes que não estão nesse texto, mas serão citados quando formos explicar a história do movimento Zouk Brasileiro em cada estado.